Dia Nacional do Livro e dica para esmalte descascado

Hoje é o Dia Nacional do Livro. Gosto muito de ler e, como não poderia deixar de ser, quero indicar dois livros. O primeiro é sobre beleza e cuidados e chama-se Beleza Sem Mistério, da Dra. Denise Steiner, que tem uma linguagem bem simples e trata de assuntos cotidianos, como cuidados para a pele, até os mais avançados e revolucionários tratamentos para rugas, celulite e espinhas. Custa em média R$ 27.

Agora, se querem um livro sobre unhas, eu recomendo o Unhas: Técnicas de Embelezamento e Cuidados Básicos com as Mãos e os Pés, do Senac. É um livro para quem quer conhecer um pouco mais sobre o assunto ou quer se atualizar. Traz entrevistas com podólogos e consultores de beleza e noções de anatomia e saúde. O custo médio é de R$ 24.

Também não posso deixar de colocar  uma dica. Na semana passada coloquei um post sobre o esmalte Búzios, da Top Beauty, lembram? (Para quem não lembra ou não viu, basta clicar aqui). No mesmo dia, eu estava correndo para um compromisso, quando bati a unha e descasquei a ponta.

Eu simplesmente detesto unha descascada (não sei para vocês, mas me remete a desleixo), então fui correndo na minha caixa de esmaltes, peguei uma esponjinha, pinguei uma gota do esmalte branco e dei pequenas e rápidas batidas em todas as unhas. É o famoso e já conhecido efeito esponjado.

Resultado: ninguém viu minha unha descascada e ainda me rendeu elogios! Meu sobrinho me disse que minhas unhas pareciam o mar com ondas!

Prós: disfarça as pontas batidas e descascados, seca super rápido, já que é pouco esmalte e o efeito é muito bacana.

Contra: não que seja o meu caso, mas já vi pessoas dizendo que sujam muito os dedos, mas para resolver isso, basta pegar um pedaço pequeno de esponja ou passar o esmalte apenas em uma pequena parte (eu não molho a esponja no esmalte, mas pincelo o esmalte na esponja).

Por hoje é isso!
Beijos

Mentiras de guerra

Destaque na Flip deste ano, mais recente livro de Robert Fisk está disponível para público brasileiro.

No início de julho, Paraty foi o cenário de dezenas de encontros literários na Flip (Festa Literária de Paraty). Um dos escritores que causaram mais entusiamo no público foi Robert Fisk, correspondente no Oriente Médio do jornal britânico The Independent. Ele vive no Oriente Médio há quase três décadas e tem mais prêmios de jornalismo que qualquer outro correspondente internacional. Robert Fisk entrevistou Osama Bin Laden três vezes e passou os últimos 30 anos se embrenhando nos campos de batalha do Oriente Médio – 15 deles dedicados à escrita do livro A Grande Guerra pela Civilização. A obra desvenda as mentiras que mandaram soldados para a morte e mataram milhares de homens e mulheres ao longo do século passado. No entanto, ao mesmo tempo, é uma crônica dos jornalistas de guerra, relatando a frustação dos correspondentes que gastam suas vidas reportando em primeira mão a história. Afinal onde a guerra nos leva? À civilização?

“Eu costumava afirmar, com certeza em vão, que todo repórter deve levar um livro de Histórias no bolso. Em 1992, estive em Saravejo e me encontrei, enquanto os abuses sérvios zuniam sobre minha cabeça, sobre a mesma lajota da qual Gavrilo Princip fez o dispara fatal que mandaria meu pai às trincheiras da Primeira Guerra Mundial. E, evidentemente, continuavam soando disparos em Saravejo em 1992. Era como se a História fosse uma gigantesca câmera de eco. Esse ano foi o ano em que meu pai morreu. Essa é, portanto, a história de suaa geração. E da minha”, declara Fisk no prólogo a A Grande Guerra pela Civilização.

Obra-prima da aventura e da tragédia, amenizada por observações cheias de humor e compaixão, o livro passa de uma cronologia da história do Oriente Médio para relatar a história do mundo violento que molda as nossas vias e nosso futuro. “A intensidade é ao mesmo tempo a grande força e uma das principais fraquezas do livro. Após lê-lo, ninguém pode se esconder dos imensos custos humanos das decisões feitas por generais e políticos, sejam eles do Oriente Médio ou não”, destaca o jornalista Stephen Hump, no jornal The Washington Post.

Serviço:
A Grande Guerra pela Civilização, de Robert Fisk.
Editora Planeta, 1496 páginas

R$ 96,00 a 120,00

Jornalismo gonzo

Chega ao Brasil Medo e Delírio em Las Vegas, obra-prima alucinógena do jornalista norte-americano Hunter Thompson.

* com informações de Melissa Medroni

No mês de agosto chega às livrarias de todo o país um dos classicos do New Journalism, gênero literário que mescla ficção e realidade, geralmente narrado em primeira pessoa e recheada de impressões pessoais que teve como expoentes Tom Wolfe (A Fogueira das Vaidades) e Truman Capote (Bonequinha de Luxo e A Sangue Frio). Trata-se de Medo e Delírio em LasVegas, obra-prima do jornalista e escritor Hunter Thompson, que ganha edição especial no Brasil, com ilustrações psicodélicas de Raph Steadman.

O livro narra a viagem regada a drogas de um jornalista norte-americano – o próprio Thompson, sob o pseudônimo de Raoul Duke – e seu advogado pelo deserto de Nevada. “Estávamos em um lugar perto de Barstow, à beira do deserto, quando as drogas começaram a fazer efeito. Lembro que falei algo como ‘estou meio tonto; acho melhor você dirigir…’ E de repente fomos cercados por um rugido terrível, e o céu se encheu de algo que pareciam morcegos imensos, descendo, guinchando e mergulhando ao redor do carro, que avançava até Las vegas a uns 160 por hora com a capota baixada”, conta o narrador no primeiro parágrafo do livro que foi adaptado para o cinema em 1998, com Johnny Deep no papel de Raoul e um irreconhecível Benício Del Toro na pele de seu advogado.

Ao inserir viagens alucinógenas em relatos de fatos reais e usar o sarcasmo e a vulgaridade como forma de humor, o colaborador da revista Rolling Stone criou um gênero que ultrapassou as barreiras do New Journalism e foi batizado de Gonzo Journalism. Partia do princípio de William Faulkner de que “a melhor ficção é muitas vezes mais verdadeira que qualquer tipo de jornalismo”. Não economizava palavras para descrever não só o que via, mas também o que passava pela mente possuída pelas drogas e as situações que protagonizava ou inventava, em decorrência do seu estado alterado, durante as coberturas jornalísticas. Thompson suicidou-se com um tiro na cabeça em fevereiro de 2005, aos 67 anos.

Para saber mais sobre Hunter Thompson e o Gonzo Journalism acesse: http://www.qualquer.org/gonzo

Serviço

Medo e Delírio em Las Vegas, de Hunter Thompson.
Editora Conrad. 216 páginas.
R$ de 35 a 45


* responsável pela editoria de Diversão e Arte da revista Top View.