Fama: um dos filmes do final de semana


Este final de semana foi reservado aos filmes e vou falar de uma das obras que mais gostei: Fama (Fame). O longa é uma nova roupagem do clássico musical dos anos 80. Ele mostra o desafio de jovens músicos, dançarinos e cantores enfrentam para alcançar o sucesso, isso durante o período de estudo na escola New York City High School of Performing Arts, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos.

Que eu gosto de filmes musicais isso não é nenhuma novidade, mas musical adolescente foi um dos melhores que vi. A produção mostra a diferente realidade destes jovens que esperam ser reconhecidos não apenas pela sua arte e aptidões, mas também esperam ser amados. Muita gente comentou que lembra High School Music, mas não tenho a mesma opinião, pois não começam a cantar do nada, no meio do horário do intervalo, muito pelo contrário, tudo é harmonioso.

O filme todo é excelente, mas duas cenas principais me chamaram muita atenção. A primeira é quando a mãe de Malik Washburn (Collins Pennie), descobre que ele está estudando música e ela tenta dissuadi-lo da ideia, dizendo que muitos garotos, assim como ele gostariam de ser artistas famosos. Ela lhe pergunta: – “Quem disse que você é especial?”, ele simplesmente responde: “Você!” e fim de conversa.

Outro momento muito emocionante é quando Denise Dupree (Naturi Naughton), que é uma pianista de música clássica, canta pela primeira vez no filme. Ela está em um palco, sozinha e começa a tocar e cantar a música “Out here on my own”, de Nikka Costa. A música é linda e envolvente, além, claro, da voz que é fantástica, mas o melhor é ver ela ‘nascendo’ para uma nova arte.

Bom, chega de falar! Fica a recomendação: o filme é bonito e vale ser visto!

O trailer você pode ver aqui e a música oficial do filme aqui.

Abordagens e teorias sobre o produto: NOTÍCIA

Por: Lucimara Savi e Cássia Gomes

Jorge Pedro Sousa faz parte do grupo de estudiosos que afirmam que já há estudos suficientes para compor uma teoria da notícia. Os pontos de partida para estudos da notícia foram as perguntas: Por que as notícias são como são e por que é que temos as notícias que temos? Como circula a notícia, como é consumida e quais os seus efeitos? O artigo não apresenta apenas afirmações e defesas da ideologia de seu autor, mas também confronta com estudos de outros pesquisadores.
Para embasar seu artigo o autor utilizou estudos de teorias universais como agenda setting e gatekeeping, entre outras, e estudos mais recentes de pesquisadores que em outros países tiveram a mesma preocupação que Sousa. Todos os autores partiram da 1º etapa que se refere à produção do artefato lingüístico, onde, fatores de natureza pessoal, social, ideológica, histórica e do meio físico e tecnológico são os responsáveis diretos pela finalização da notícia nesta fase. A notícia verdadeiramente passa a existir a partir do efeito que gera em seu leitor, pois, através dos meios de comunicação, principalmente jornalísticos é que a sociedade tem informação sobre a realidade que o cerca.
Os estudiosos da notícia dividem-se em dois grandes grupos, são eles: Divisionistas; afirmam que apesar de todos os estudos já realizados não há material e conhecimento suficiente para a criação de uma teoria do jornalismo, pois tais estudos são semelhantes, porém contraditórios. Unionistas; grupo este que Sousa faz parte, não nega que há várias possibilidades de estudos que isolados são insuficientes para criar uma teoria, mas são fatores que em conjunto resultam em uma única teoria que explica porque as notícias são como são.
Para Sousa uma teoria científica deve ser simples, clara e direta. O autor não contente em explicar que a teoria da notícia é científica, elaborou também uma fórmula matemática, sendo ela: N= f (Fp.Fso.Fseo.Fi.Fc.Fh.Fmf.Fdt.Fh).
As teorias dos estudiosos deixam uma lacuna pela falta de apresentar dados concretos sobre os efeitos das notícias no receptor. Todos os pesquisadores partem do mesmo princípio, que é a produção e intervenção do jornalista, para o seu resultado, o efeito que gera na sociedade e toda a discussão fica apenas em torno de haver estudos ou não para uma única teoria. Para sustentar a nossa opinião de que não somente o jornalista é o maior responsável pelo produto final que é a notícia, apresentamos a opinião do autor Luiz Costa Pereira Junior, que no livro A Apuração da Notícia afirma que “o jornalista não é o único produtor da notícia, nela interfere fatores tais como: atuação de sujeitos, veículo, convenções da rotina profissional e interesses corporativos. Além disso, interferem ainda hierarquias, filtros, barganhas, hábitos incorporados, improvisos forçados pela pressão do fechamento, regras da organização que tornam a informação, resultado de uma manipulação em cadeia nem sempre condicionado por apenas um agente produtivo. O preparo técnico por si só não é garantia de um bom jornalismo.”

Entendendo as diferenças de pesquisas qualitativas e quantitativas

Os autores Martim W. Bauer, George Gaskell e Nicholas C. Allum no livro Pesquisa Qualitativa com Texto Imagem e Som desvenda e explica, de forma clara e objetiva, como fazer uma pesquisa com coleta de dados.
No primeiro capítulo, os autores vão diretamente ao assunto e falam qual o verdadeiro objetivo de sua obra, e, para isso, apontam as principais diferenças entre pesquisa qualitativas e quantitativas.
Em todo o capítulo, nomes de filósofos e cientistas, como Cranash, Myer, Dunker e Habermas, para sustentar suas explicações de como é e quais as principais diferenças da pesquisa qualitativa e quantitativa. O texto serve como um roteiro para quem quer fazer uma pesquisa. Como o foco dos autores é a pesquisa qualitativa, no primeiro capítulo eles apenas a diferenciam da quantitativa.
Durante a explicação, é possível perceber que alguns pontos são considerados mais importantes pelos autores, como: o distanciamento das fontes, a clara visão do que é verdadeiro e o que é dito para agradar o entrevistado. Os três pontos principais da entrevista são: delinear as metas e objetivos da pesquisa, coletar os dados e fazer a apuração e análise. É a partir destes três pontos que os autores explicam o passo-a-passo de como fazer e quais os cuidados que devem ser tomados. Fala dos métodos de pesquisa com o objetivo de esclarecer procedimentos, boa prática e responsabilidade pública. Aborda as diferentes maneiras de coletar dados e diferentes tipos de dados relacionados a texto, imagem e som; a construção do corpus, entrevistas individuais e grupais, entrevista narrativa e episódica, vídeo, filme e fotografias.
Vejo o capítulo e o livro como uma fonte de conhecimento e de raro valor, pois os livros normalmente falam sobre pesquisas qualitativas e quantitativas, este, ao contrário, exemplifica e diz como fazer uma boa pesquisa sem correr o risco de ser apenas um trabalho sem fundamentos. É uma fonte de apoio seguro e qualificado, escrito por pessoas que são especialistas sobre o assunto que estão tratando.